quinta-feira, 4 de julho de 2024

A besta

"La bête", de Bertrand Bonello (2023) Controverso diretor de "Noturama" e "L'apollonide", Bertrand Bonello concoreu no Festival de Veneza em 2023 com 'A besta". O filme tem um roteiro bastante complexo, que me fez lembrar de "A viagem", das irmãs Warchowsky. Uma viagem ao tempo existencial, "A besta" se passa em 3 épocas: 1910, 2014 e 2044. Livremente inspirado em "A fera na selva", de Henry James, a história começa em 2044, com o mundo sendo controlado pela AI. Todo ser humano precisa se dissociar de seus sentimentos e terem um pensamento mais racionalGabrielle (Lea Sedoux) se prepara para se descontaminar de suas emoções, mas antes que o processo comece, ela esbarra com Louis (George Maccay). Esse encontro irá alterar o rumo de tudo. Ao ser prientada pelo Ai a visitar vidas passadas, Gabrielle retorna para a Belle Epoque de 1010, quando conheceu Louis, já estando casada com um milionário fabricante de bonecas. Em 2014, Gabrielle é uma aspirante a atriz em Los Angeles, e sua vida se cruza com o serial killer Louis. Uma trama certamente original e criativa, mas que segundo vários críticos, remete a David Lynch e seu famoso filme "Mullholand drive". Alternando gêneros entre drama, romance, melodrama, suspense e ficção científica, muitos pontos não são explicados na trama e ficam ao critério do espectdaor fazer seu próprio entendimento. Lea Sedoux e George Maccay estão excelentes, construindo personas distintas em seus variados personagens. Ótima fotografia, direção de arte, figurinos.

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