quinta-feira, 10 de abril de 2025

Mari

"Mari", de Mariana Turkieh e Adriana Yurcovich (2021) Documentário argentino que recebeu elogios e também muitas críticas, acusado de ser paternalista e de explorar a miséria dos desfavorecidos. Maria Luisa Suárez é uma empregada doméstica. Há 30 anos, ela trabalha para a família da diretora do filme, Adriana Yurcovich, e seu marido, ambos de classe média alta e intelectuais. A filha do casal, Maraiana Turkieh, é co-diretora. Ambas sabem muito pouco sobre Maria, apelidado carinhoso. Mas um dia, ela pede ajuda à família: moradora do bairro de periferia Laferrere, na perigosa área de La matanza, Mari dividia a sua vida com seu marido, Oscar. Acontece que durante toda sua vida em conjunto, ele era violento e a situação se tornou insustentável. Ainda criança, Mari cresceu em ambiente de violência doméstica com seu pai. Acuada pelo mundo tóxico machista, Mari acaba sendo hospedada na casa da família, dormindo no escritório de Adriana. Aos poucos, ela recebe asistência, retorna aos estudos, entende mais sobre os seus direitos como mulher. Aos 10 anos de idade, teve que parar de estudar para trabalhar. O filme acompanha a nova rotina de Mari, que agora, vai atrás de tudo aquilo que lhe foi tomado durante a sua vida. Uma crítica acusou o filme de explorar um olhar classista sobre uma família com alto poder aquisitivo sobre a vida miserável e analfabeta de Mari. Um olhar elistista. não creio que o filme tenha essa visão. É um filem humanista, que acredita no potencial das pessoas, o seu real poder de altruísmo. O desfecho é emocionante, com Mari retornando à sua cidade natal e resgatando a casa que pertenceu aos pais.

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