Happyend

"Happyend", de Neo Sora (2024) Concorrendo no Festival de Veneza 2024, "Happyend" é dirigido pelo japonês Neo Sora, que vem a ser filho do compositor Ryuichi Sakamoto e diretor do tocante documentário sobre seu pai, "Ryuichi Sakamoto: Opus" (2023). "Happyend" me fez lembrar bastante do cult francês "Nocturama", de Bertrand Bonello, filme que apresenta um grupo de jovens ativistas que praticam atos terroristas contra o governo. Em um futuro incerto, Tokyo vive constantes tremores de terremoto, e a população fica inquieta quando virá um terremoto devastador. Enquanto isso não acontece, um grupo de amigos estudantes que foram o clube da música na escola precisam lidar com a mão de ferro do diretor da escola e do primeiro ministro conservador. Yuta (Hayato Kurihara), que sonha em ser Dj, e seu melhor amigo, o coreano Kou (Yukito Hidaka) além de Ataro (Yuta Hayashi), o afro-japonês Tomu (Arazi) e a sino-japonesa Ming (Shina Peng) são apaixonados por música. Quando Kou conhece Fumi (Kilala Inori), uma ativista, ele vai se tornando cada vez mais rebelde e vai se afastando de Yuta. A crítica elogiou bastante o filme. Achei bom, mas não fiquei empolgado. Achei arrastado e senti falta de mais ação. Os jovens atores são bons, e o retrato da tecnologia no futuro é bem modesto, com uso de alguns poucos elementos que dão idéia de futuro. O terremoto acaba sendo usado como metáfora literal sobre agitação dos jovens e o desejo por mudanças.