terça-feira, 22 de abril de 2025

Corina

"Corina", de Urzula Barba Hopfner (2024) Vencedor do prêmio do público no Festival SXSW 2025, "Corina" me lembrou o tempo todo de "Amelie Poulain", e isso foi ótimo. O filme, co-escrito e dirigido pela mexicana Urzula Barba Hopfner, é uma encantadora fácula acred doce, que traz um humor bem particular e um fundo dramático sobre depressão e traumas. Ambientado no início dos anos 2000 na cidade de Guadalajara, a 2a maior cidade do México, acompanha Corina (Naian González Norvind), uma jovem que sofre de agorafobia, medo de sair de casa. Essa fobia foi ocasionada pela morte acidental de seu pai quando ela era criança: ele foi atropelado na rua, e a morte foi testemunhada por ela e por sua mãe, Renée. A mãe ficou traumatizada e com medo de perder sua filha, a proibiu de sair de casa. Crescida, o único lugar para onde Corina sai é para o trabalho, que fica no mesmo quarteirão de sua casa. Ela trabalha em uma editora de livros, e é uma estagiária que corrige a digitação. Quando ela muda o final do livro de uma escritora famosa, o manuscrito é confundido como sendo da própria autora. Os editores, sem saber, mandam publicar o livro. Desesperada e com medo de ser demitida, Corina decide procurar a escritora, que mora isolada fora da cidade. Para isso, Corina precisa lidar com sua fobia. O filme é muito bom, e além do roteiro criativo e cheio de trucagens narrativas, tem uma fotografia, direção de arte e trilha sonoras impecáveis e que dão personalidade ao filme. O elenco é outro trunfo do filme, com atores dando carisma a tipos divertidos e apaixonantes. Um retrato doce sobre pessoas melancólicas e depressivas.

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