sábado, 19 de abril de 2025
Acordes do coração
"Humoresque", de Jean Negulesco (1946)
Clássico do cinema romântico, "Acordes do coração" tem um dos mais trágicos desfechos do cinema, sendo inclusive homenageado pela cantora Madonna em seu video clipe "The power of goodbye". Adaptado do livro de Fannie Hurst, teve sua 1a versão para o cinema em 1919, e agora, na versão mais famosa, de 1946. O filme foi indicado ao Oscar de trilha sonora. Ambientado em Nova York, a história acompanha Paul Boray (Robert Blake), aos 11 anos de idade. Filho do casal judeu Esther e Rudy Boray, donos de uma pequena mercearia, Paul desde jovem tinha vocação musical. Após ganhar um violino de sua mãe de aniversário, Paul se dedica anos ao instrumento. Já adulto, aos 28 anos (John Garfield), Paul, ambicioso, quer uma carreira solo. Convidado pelo amigo pianista Sid (Oscar Levant) para tocarem em uma festa do casal milionário Helen (Joan Crawford) e Victor Wright, ele ganha a atenção de Helen, que o ajuda na carreira. Mas ela, alcoólatra e casada em uma uniao sem paixão, acaba se encantando com Paul. Mas a mãe de Paul é contra o relacionamento.
Joan Crawford, a grande estrela do filme, aparece somente aos 35 minutos de filme. É dela também a icônica sequência final, ao som de "Tristão e Isolda", em uma excelente montagem, caminhando para o suicídio no mar de Long island. O filme também reserva uma cena erótica e ousada driblada na censura pelas mãos habilidosas do cineasta Jean Negulesco: no concerto, durante troca de olhares com Paul, Helen masturba um programa do concerto. Crawford está estupenda, provando ser das maiores estrelas de Hollywood, com uma fotogenia impecável e glamurosa.
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