sexta-feira, 12 de junho de 2020

Inimigo natural

"L'ennemi naturel ", de Pierre Erwan Guillaume (2004) Amei esse drama policial LGBTQI+. O filme tem uma intensa carga erótica, repleta de nudez masculina explícita. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, é instigante e bastante obscuro, repleta de fetiche e perversões: incesto, ninfomania, voyeurismo. O jovem tenente Luhel (Jalil Lespert), vem de Paris para investigar a morte de um adolescente na cidade da Bretanha, interior da França. Ao entrevistar a mãe do rapaz, ela diz que o pai é o suspeito crime. Ao entrevistar o pai do rapaz, Tanguy (Aurélien Recoing), o tenente Luhel passa a ter desejos eróticos com ele. Luhel é casado e tem um filho recém nascido, mas reprime os seus desejos sexuais homossexuais. À medida que Luhel vai investigando o caso e possíveis suspeitos, ele vem sendo rechaçado pela população local e pela polícia, que o consideram incapaz pela sua juventude. O filme tem uma excelente performance do ator Jalil Lespert, no papel do reprimido tenente Luhel. É um personagem bastante complexo e cheio de camadas. A alta carga erótica do filme traduz os anseios do personagem, que vai enlouquecendo conforme os desejos vão aumentando. É um filme com uma atmosfera estranham que às vezes beira o lúdico e o realismo fantástico.

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