segunda-feira, 8 de junho de 2020

Alemanha, mãe pálida

"Deutschland bleiche Mutter ", de Helma Sanders-Brahms (1980) Assisti a esse drama alemão há mais de 30 anos atrás e tinha na minha lembrança de que era um filme muito angustiante e triste. Revendo agora, fiquei arrasado com essa metáfora sobre a Alemanha de antes , durante e pós a 2a guerra mundial, na figura de uma mulher comum, mas extraordinária, Helene, protagonizado por uma visceral Eva Mattes, atriz fetiche de vários filmes de Fassbinder. Helena ama, sofre, é estuprada, é mãe, apanha do marido, fica doente, tenta o suicídio. Esse é o retrato da Alemanha, um País que amou o sue povo, sofreu durante e depois da 2a guerra e quer manter o espírito de esperança, apesar da destruição em massa e da baixa auto-estima da população, dilacerada pela fome, desemprego, sme moradia. O filme é todo narrado em off por Hanne, filha de Helena e Hans (Ernst Jacobi), soldado alemão que se apaixona por Helena e se casam. Mas quando Hans volta do front, ele está mudado. Depois de ter matado civis, entre eles, mulheres com o mesmo rosto de Helena, ele perdeu a esperança em tudo e se torna um homem violento. Ao retornar ao front, helena é obrigada a sobreviver com Hanne, em uma Alemanha destruída pelas bombas. O filme tem 150 minutos de duração,e logo no seu prólogo, a filha de Bertolt Brecht lê em offf o poema de onde originou o título do filme. Um filme muito triste, com cenas chocantes, escrito e dirigido por uma mulher e protagonizado por mulheres.

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