quarta-feira, 24 de junho de 2020

Deus existe, e seu nome é Petúnia

"Gospod postoi, imeto i' e Petrunija", de Teona Strugar Mitevska (2019) Drama da Macedônia que concorreu em diversos Festivais, ganhando prêmios especiais no Festival de Berlin em 2019. Em tom de fábula feminista, o filme, escrito e dirigido pela cineasta Teona Strugar Mitevska, apresenta um País governado por um sistema machista e patriarcal, onde a mulher é explorada e não tem muita chance no mercado de trabalho e é subjulgada o tempo todo pelos homens. Petúnia (Zorica Nusheva) tem 32 anos, é desempregada, virgem, e desde criança, e;a é massacrada psicologicamente pela sua mãe, que a acha feia, sem talento e fracassada. Quando Petúnia, historiadora formada mas que não encontra emprego, vai fazer entrevista de trabalho, ela é tão maltratada pelo homem que deveria empregá-la que ela resolve se jogar no rico da cidade. Para seu azar, está havendo uma procissão religiosa no local, w cujos participantes, todos homens, devem se jogar no rio e pegar a cruz jogada por um padre. No entanto, Petúnia acaba pegando a cruz. Esse ato transforma a vida dos cidadãos, dos pais de Petúnia e da própria, que vai presa, mas se recusa a devolver e cruz. A repórter local, Slavica, resolve apoiar a causa de Petúnia, e levanta no ar questões a respeito da religiosidade e sobre o papel da mulher na sociedade. Com temas como sororidade e a discussão sobre o estado laico ou cristão, o filme trabalha temas espinhosos com bastante dramaticidade, mas também, com leve tom de humor, mas jamais deixando de provocar o espectador. Com excelente performance do elenco feminino ( a atriz que faz a mãe de Petúnia também é excelente), o filme instiga desde o seu titulo, e faz de Petúnia uma líder ativista sem ser.

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