quinta-feira, 25 de junho de 2020

Clamor do sexo

"Splendor in the grass", de Elia Kazan (1961) Obra-prima do cinema, um daqueles momentos mágicos onde absolutamente tudo está em um nível máximo de qualidade: Direção de Elia Kazan, que já vinha de outras obras-primas, 'Sindicato de ladrões", "Um bonde chamado desejo" e "Vidas amargas"; roteiro adaptado da obra de Willian Inge, vencedor do Oscar em 92; fotografia, direção de arte, trilha sonora, e claro, o elenco primoroso, onde todos, elenco principal e coadjuvantes, apresentam performances inesquecíveis. O filme é a estréia de Warren Beatty no cinema, conhecido na época como o irmão de Shirley Maclaine. Curiosamente, o ano de 1961 foi o ano de dos dois trabalhos mais reconhecidos de Natalie Wood: além de "Clamor do sexo", o clássico de Robert Wise, "Amor, sublime amor", vencedor de 10 Oscars. Os personagens são bastante próximos; uma jovem que não consegue consumir o seu amor. O filme tem como tema a repressão sexual entre os jovens no ano de 1928, no Estado puritano e conservador do Kansas. O casal improvável de estudantes, Dennie (Wood) e Bud (Beatty) são apaixonados um pelo outro. A família de Dennie é pobre, a de Bud, milionária. Os pais de Dennie são religiosos. O pai de Bud, Ace (Pat Hingle- curiosidade: o personagem manca porquê há pouco tempo antes de filmar, ele sofreu um acidente e incorporou ao personagem). quer que o filho estude para a Yale, faculdade mais prestigiada do Estado. Bud deseja mais do que beijos de Dennie, mas ela, reprimida pelos pais, não cede aos impulsos sexuais do namorado, o que faz com que ambos entrem em colapso nervoso. A situação piora com a queda d abolsa em 1929, fazendo com que a família de Bud perca tudo. O filme explora toda a sensualidade dos astros Wood e Beatty, com duas cenas bastante ousadas: Beatty nu com outros rapazes no chuveiro coletivo, e Wood nua na banheira, conversando com sua mãe. Fora isos, o filme tem uma cena polêmica: a irmã ninfomaníaca de Bud participa de uma gang bang, com rapazes em fila de espera para transar com ela no carro. O filem também ficou famoso por conter a primeira cena de beijo de língua de Hollywood, entre Beatty e a atriz Jan Norris. O título do filme vem do poema de Willian Woodsworth, escrito no século 18: "Nada trará de volta a hora do esplendor na relva, do brilho nas flores." O desfecho do filme é dos momentos mais tristes do cinema.

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