domingo, 7 de junho de 2020

Flor de cacto

""Cactus flower", de Gene Saks (1968) Adaptação da peça teatral de grande sucesso na Broadway, com Lauren Bacall encenando a personagem que Ingrid Bergman faz aqui no filme. Uma comédia de muito brilho, com diálogos inspiradíssimos e hilários e muito vaudeville típicos de teatro e adaptados com muita dinâmica e competência de um elenco triunfal. Além de Ingrid Bergman, o elenco tem Walter Matthau, Jack Weston e a estréia no cinema avassaladora de Goldie Hawn, então com 23 anos, e vencedora do Oscar de atriz coadjuvante pelo papel maravilhoso de uma jovem maluquinha e apaixonada. Ambientada em Nova York, o filme começa com Toni (Hawn) preparando uma carta de despedida para amante, Julian (Matthau). Ao descobrir que ele é casado e em 3 filhos, Toni prepara seu suicídio, mas é salva pelo vizinho, o aspirante a escritor Igor (Rick Lenz). Toni confidencia a Julian que é apaixonada e quer adoraria se casar com ele. Julian resolve então bolar um plano: pede para sua secretária frígida e fria, Stephanie (Bergman) para que se passe por sua esposa, e a apresente para Toni e dizer que estão se divorciando. Mas a farsa se transforme em enorme confusão, quando Stephanie acaba adorando a brincadeira e passa a curtir a noite e as baladas com homens diferentes, mas no fundo, apaixonada por Julian. Hilário do início ao fim, o filme teve uma refilmagem em 2011, "Uma esposa de mentirinha", com um trio também poderoso: Nicole Kidman, Jennifer Anniston e Adam Sandler. Mas "Flor de cacto"tem um charme deliciosos por ter sido realizado durante a contra-cultura, que está presente nas roupas hippies de Toni, na genial trilha sonora de Quincy Jones e na fotografia hiper colorida de Charles Lang. A cena da balada com Ingrid Bergman, Goldie Hawn e Walter Matthau dançando é absolutamente antológica. Impressionante testemunhar o quanto Ingrid Bergman se diverte fazendo comédia, após ter realizado os dramas densos de Rosselini na Itália nos anos 50.

Nenhum comentário:

Postar um comentário