terça-feira, 26 de novembro de 2024
Servidão
"Servidão", de Renato Barbieri (2024)
Em 2022, o cineasta Renato Barbieri, sediado em Brasília, lançou o drama "Pureza", um filme denúncia sobre o trabalho escravo em fazendas latifundiárias no interior do Maranhão. O filme tinha uma narrativa que mesclava ficção e documentário. Com o seu documentário 'Servidão", Barbieri retorna ao tema da escravidão que ainda persiste no Brasil. O filme começa apresentando o Cais do Valongo, na zona portuária do Rio de Janeiro. O local é considerado o maior porto receptor de escrevos do mundo, tendo passado por ali mais de 1 milhão de população negra vinda da África e comercializados como escravos. Narrado por Negra Li, o filme faz uma retrospectiva do Brasil escravo, passando pela lei Áurea, de 13 de maio de 1888, e constatando que, 107 anos depois, o Brasil reconheceu o trabalho escravo no país.
A frase disparada pelo filme é “Abolição já! A outra não valeu". Muitos trabalhadores ainda estão trabalhando em regimes de escravidão no país. A triste revelação é de que, a cada 5 dias, um defensor de direitos humanos no país é morto. O filme traz histórias de diversos desses trabalhadores, entre eles, Marinaldo Soares Santos, de 52 anos, que desde criança, ainda com seus pais, já trabalhava como escravo. Educadores, historiadores e outros profissionais dão depoimento sobre o tema no filme, e apesar do final esperançoso, ainda deixa claro que o caminho para a regulamentação de trabalhadores no interior do país, nas grande sfazendas, ainda etsá longe de encontrar um desfecho satisfatório.
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