terça-feira, 5 de novembro de 2024

A different man

"A different man", de Aaron Schimberg (2024) Exibido no Festival de Berlim e de Sundance em 2024, "A different man" é produzido pela A24, e tem roteiro e direção de Aaron Schimberg. Mas o tempo todo, o público vai ficar achando que está assistindo a um filme de Spike Jonze com roteiro de Charlie Kauffman. A estranheza na história, comum aos filmes da A24, dessa vez tem como pano de fundo o tema do lugar de fala, e o quanto um ator não contextualizado em termos de raça, deficiência, gênero, pode interpretar um personagem. Edward (Sebastian Stan) é um ator que não consegue papéis por conta de sua doença, neurofibromatose, uma síndrome que deforma os tecidos da pele. Ele vive com dificuldades em um pequeno apartamento e por conta da sua condição, é uma pessoa com baixa auto-estima. Um dia, uma nova vizinha se muda para o apartamento ao lado do seu. Ingrid (Renate Reinsve, de "A por pessoa do mundo"), é uma dramaturga que busca um lugar ao sol, assim como Edward. Edward se interessa por Ingrid, mas se auto-sabota. Ao ser convidado para ser cobaia em um experimento médico, Edward ganha um novo rosto, mas não avisa ninguém. Surge Guy Moratz, um homem bonito e com estima elevada, que se torna um corretor de imóveis de grande sucesso. Ele comunica a todo mundo que Edward se matou. Ingrod decide escrever um texto teatral chamado 'Edward" e baseado no seu vizinho. Guy decsobre que está acontecendo uma audição e se submete ao teste, e acaba passando. Mas para dar vida a Edward, ele usa uma máscara. Durante os ensaios, surge inesperadamente Oswald (Adam Pearson) , portador de neurofibromatose e com muita confiança, que quer s eoferecer ao papel. Ingrid se entusiasma e o escala no lugar de "Guy", que aos poucos, vai perdendo novamente a sua confiança. O filme tem um roteiro repleto de camadas, trazendo diversas pautas, e principamente, a doença mental relacionada à baixa auto-estima e depressão. Mas o que prevalece mesmo é a pauta artística, sobre o lugar de fala. Um filme polêmico, que pode render muitas discussões sobre o tema. Goste-se ou não do filme, é inegável o ótimo trabalho dos atores. A maquiagem é retratada de forma realista (fiz pesquisas) é me lembrou do filme com Eric Stoltz e Cher, "Marcas do detsino", onde o personagem tinha a mesma condição.

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