domingo, 10 de novembro de 2024
Aniversário sangrento
'Bloody birthday", de Ed Hunt (1980)
Esse slasher de 1980 é um dos maiores exemplos do anacronismo da liberdade criativa e sem censura dos anos 80 com o politicamente correto dos dias de hoje. O filme é protagonizado por 3 crianças de 10 anos de idade, tão cruéis quanto Jason ou Michel Meyers: matam pelo simples prazer de matar, sem remorsos nem culpa, e não importa se as vítimas forem inclusive parentes. O filme traz inúmeras cenas das crianças assistindo casais fazendo sexo e peeping tom com uma mulher totalmente nua, pagando para saciar desejos eróticos.
Na pequena cidade de Meadowvale, 3 crianças nasceram no mesmo dia e hora de um eclipse solar. 10 anos depois, no dia de seus aniversários, Debbie (Elizabeth Hoy), Curtis (Billy Jane) e Steven (Andrew Freeman) passam a matar as pessoas aleatoriamente, comandados por Debbie. O sherife da cidade, pai de Debbie, tenta descobrir quem é o assassino. Um vizinho, o colega de turma das 3 crianças, Timmy (K. C. Martel) testemunha um dos assassinatos, mas ao contar para a sua irmã mais velha, Joyce (Lori Lethin), ela não acredita. DEbbie descobre que Timmy os viu e decide matá-lo, assim como a Joyce.
O filme choca pela crueza das crianças, e certamente hoje em dia esse filme não poderia ter sido realizado. A violência é branda, e a cena mais gore é a de uma fechada no olho de uma das vítimas. As outras mortes não vemos a ação no momento do crime, só a pessoa já morta. Mas o que interessa aqui, é o estudo sobre a natureza do mal. Não existe concessões do roteiro nem da direção, e muito menos, um arrependimento moral. Merece o seu lugar de cult e mesmo não sendo um primor, por conta do amadorismo de parte do elenco e dos efeitos toscos, é uma pequena pérola do cinema B.
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