segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Saturday night- A noite que mudou a comédia

'Saturday night", de Jason Reitman (2024) Uma aula de cinema, "Saturday night- a noite que mudou a comédia" me fez lembrar do recente "Setembro 5", de Tim Fehlbaum. Ambos os filmes lidam com a tensão e ansiedade do ao vivo na tv. No caso de "Saturday night", o filme apresenta ao público os 90 minutos tensos e angustiantes antes do primeiro programa ir ao ar, ao vivo, na NBC, no dia 11 de outubro de 1975, às 11:30 da noite. Tudo parecia estar fadado ao fracasso absoluto: o dia e horário escolhidos são naturalmente péssimos pela baixa audiência; o vice presidente de talentos da NBC, David Tebet (Willian Dafoe) não faz idéia de que tipo de programa que irá ao ar e está certo de cancelar a transmissão em cima da hora e colocar no lugar uma reprise do "The tonight show com Jonnhy Carson (J. K. Simmons)"; fora isso, o elenco do 'Saturday night" está tenso e também não faz idéia de o formato do programa dará certo, e também tem as crises internas de alguns integrantes, principalmente uma de suas estrelas, John Belushi (Matt Wood). Lorne Michaels (Gabriel Labelle, que interpretou o jovem Steven Spielberg em "The Fabbelmans") é o único que procura manter toda a estrutura do programa de pé, e mesmo com tanto descrédito, quer fazer com que todos continuem acreditando no programa. Para isso, ele discute com o elenco, vai atrás de equipe que ainda etsá em falta e convence Tebet e seus assessores sobre a qualidade e sucesso do programa. O filme foi exibido com grande sucesso no Festival de Toronto e mantém a atenção do espectador o tempo todo. Mesmo que a platéia já saiba de toda a história de sucesso do programa 'Saturday night live", que se mantém ativo até os dias de hoje, pelo conteúdo politicamente incorreto e iconoclasta, sendo referência para comediantes no mundo inteiro, o filme, graças à uma excelência da equipe técnica, traz tensão e suspense durante a sua narrativa. O vasto e talentoso elenco impressiona pela semelhança com os verdadeiros artistas, com o figurino de Danny Glicker e caracterização de Tricia Sawyer e Janine Rath Thompson. A fotografia de Eric Stellberg e a edição de Nathan Orloff e Shane Reid trazem toda uma linguagem da época, aliada à dinâmica dos programas de tv. Mas não tenho como não mencionar a trilha sonora de John Batiste, que ecoa durante toda a projeção, com sons rítmicos que colorem o filme com camadas de suspense, humor e muita adrenalina. Dylan O'brien está irreconhecivel como Dan Akroyd, Cory Michael Smith é perfeito como Chevy Chase (lembrando até Vladimir Brichta).

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