sábado, 2 de novembro de 2024

Zona de exclusão

"Zielona granica", de Agnieszka Holland (2023) Vencedor do prêmio do juri no Festival de Veneza 2023, "Zona de exclusão" certamente será um dos filmes mais angustiantes e trágicos que voc6e terá visto recentemente. Baseado em histórias reais de milhares de refugiados africanos e do Oriente médio, que procuram migrar para países da União européia, que dizem, recebe os imigrantes de braços abertos, conferindo alojamento, documentos e trabalho e sistema de saúde, Em busca dessa ajuda humanitária, uma família síria, composta por marido, esposa e 3 filhos pequenos, além de um casal afegão (uma professora de inglês e seu marido) fogem dos talibãs e sonham em morar na Suécia. Eles chegam de avião até a Bielorússia, país que faz fronteira com a Polônia, país que faz parte da União européia. Os dois países são cercados por uma kilométrica cerca de arame farpado, com uma vasta floresta perigosa até chegar no centro da Polônia. Os refugiados são jogados pelos soldados russos através da cerca e tendo que se virar sozinhos na floresta, passando fome, frio e machucados. Ao darem de cara com soldados poloneses, eles são novamente expulsos e obrigados a retornar para o lado da Bielorússia. Durante o filme, os refugiados são jogados de um lado para o outro, sendo roubados, extorquidos, feridos, até terem um destino trágico. O filme se divide em 3 pontos de vista: os refugiados, um soldado polonês em crise ao se confrontar com a violência que seus colegas soldados infringem aos refugiados, e uma ativista , Julia, ex-psicóloga mas que decide ajudar os refugiados, entrando na floresta e correndo o risco de ser morta. A Polônia fez duras críticas ao filme, acusando-o de traição e de expor o país perante o mundo. Por isso, o filme foi despreterido na escolha de filme para representar o país no Oscar, sendo escolhido "Under the volcano". Filmado como um documental, com não atores, a fotografia em preto e branco bem densa e as locações assustadoras e pouco acolhedoras fazem do filme uma experiência bastante dolorosa. Agnieska Holland, atualmente com 75 anos, desbrava um drama humanitário através de muito sofrimento, lembrando o seu filme mais famoso, o premiado 'Filhos da guerra", sobre um jovem judeu que se faz passar por alemão. Agnieska já foi duas vezes indicada ao Oscar de filme estrabgeiro: por "Colheita amarga", de 1986, e "Na escuridão", de 2011.

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