domingo, 3 de novembro de 2024
Blitz
"Blitz", de Steve McQueen (2024)
Diretor dos premiados "Hunger", Shame" e "12 anos de escravidão", o cineasta inglês Steve Macqueen escreve e dirige "Blitz", drama ambientado na 2a guerra mundial em Londres em setembro de 1940. O título "Blitz" vem do alemão Blitzkrieg, que é o toque de recolher para os cidadãos ingleses que devem evacuar para áreas mais seguras. Mais da metade das crianças foram enviadas para o interior do país. Steve Macqueen conta uma história tradicional, que lembra muuito "Império do Sol", de Spielberg, quando uma criança é separada de seus pais. Mas Macqueen adiciona o tema do racismo à essa Inglaterra racista e segregada. A mãe é Rose (Saorsie Rosnan), que trabalha em uma fábrica que produz munição para as armas bélicas. Seu filho é George (Elliott Heffernan), e tem 9 anos. O pai de George era um imigrante negro de Granada, por quem Rose se apaixonou. Mas durante uma discussão com homens brancos, ele foi preso e deportado. Rose mora com seu pai, Gerald (Paul Weller). Preocupada com os constantes ataques aéreos em Londres, Rose decide enviar George para o interior. Ele se recusa a ir, mas Rose o coloca em um trem. Durante a viagem, George escapa e decide voltar para casa. Quando Rose , arrependida por enviar seu filho, descobre que ele fugiu, ela vai numa via crucis para tentar encontrá-lo.
O filme tem cenas de grande valor de produção, com muitos efeitos especiais e de CGI. Macqueen não economizou em orçamento, tendo até uma cena digna do filme "Titanic", com pessoas presas no subterrâneo do metrô e tentando fugir à inundação. O filme é dividido entre a saga de Rose e a saga de George. Saorsie Rosnan demonstra novamente o grande talento, e dessa vez, ainda canta e dança. O pequeno Elliott Heffernan é bastante carismático e lembra a força que Christian Bale tinha em "O império do sol". Assim como boa parte de seus filmes, Macqueen traz manifestos políticos e sociais disfarçados nas entrelinhas. O que não gostei, foi da morte aleatória de dois personagens, que meio que não deu em nada e não vi ea menor necessidade, só para intensificar a tragédia da guerra.
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