terça-feira, 24 de setembro de 2024

The front room

"The front room", de Max Eggers e Sam Eggers (2024) Robert Eggars é um diretor cultuado por seus filmes estilosos que renderam aplausos da crítica e do público: "A bruxa", "O farol", "O homem do norte". E quem diria que ele viraria influência para seus meio-irmãos, Max e Sam Eggars, gêmeos? Pois "The front door" é o filme de estréia deles, e o meio-irmão Roberr deve estar feliz com esse terror psicológico que busca referências em 'Corra!" e "O bebê de Rosemary". O casal Belinda (Brandy Norwood) e Norman (Andrew Burnap). estão grávidos. Belinda é professora em uma faculdade. Ele é defensor público. Ela desiste de dar aulas pela frustração com o ambiente de trabalho. O casal passa por apertos financeiros. Quando o pai de Norman, com quem ele não mantinha contato há muito tempo, morre, ele vai até o velório. Lá, ele reencontra a sua madrasta, Solange (Kathryn Hunter). Fanática religiosa, quando criança Norman era atormentado por ela, e decidiu romper relações. Sabendo da dificuldade do casal, Solange se oferece para pagar a hipoteca e deixá-los como os únicos beneficiários de seu testamento, mas para isso, ela quer que eles deixem ela morar com eles. Norman reluta, mas Belinda insiste. No entanto, com o tempo, Belinda percebe que a presença de SOlange irá trazer delírios para si, que ela não sabe se são reais ou não. A atriz Kathryn Hunter literalmente rouba todas as cenas em que aparece. Um misto de figura sinistra e hilária, a performance é incrível, e vê-la caminhando e manuseando as duas muletas é assustador. O filme tem como pano de fundo os temas do fanatismo religioso, o conservadorismo americano e claro, o racismo (Belinda é negra). Um filme repleto de camadas, assim como Jordan Peele faz em seus filmes.

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