sexta-feira, 20 de setembro de 2024

A substância

"The substance", de Coralie Fargeat (2024) Vencedor da Palma de melhor roteiro no Festival de Cannes 2024, "A substância" foi o filme que colocou Demi Moore no radar das grandes premiações, sendo cotada para prêmios de melhor atriz, um feito que Moore praticamente nunca havia participado, por ser conseidarada por muito tempo como uma atriz mediana e de produções comerciais. Coralie Fargeat, tirou Moore totalmente de sua zona de conforto: Moore fica totalmente nua em cena, se descontrói e arrisca em cenas onde poucos com o seu status de Estrela permitiriam. Coralie escreveu o roteiro, homenageando clássicos do terror, como "Carrie", 'O enigma de outro mundo", "O iluminado", "A mosca", e outros ícones do gênero. Eu já havia prestado atenção em seu formdiável trabalho de direção quando em 2017 ela lançou 'Vingança", um filme onde a protagonista feminina mostra aos homens misógenos e tóxicos quem é quem manda. Benjamin Kracun, seu fotógrafo com quem trabalha em seus filmes, é espetacular, trazendo movimentos de câmera, escolha de lentes e fotografia que contam uma narrativa inovadora, ousada e criativa. O filme é uma fábula de terror sobre etarismo em Hollywood e sobre a busca da eterna juventude. Demi Moore é a estrela Elisabeth Sparkle, que já teve seus momentos de auge, mas agora, vive um momento delicado: ela comanda um programa de tv de ginástica ( algo tipo Jane Fonda), mas o produtor do programa, Harvey (Dennis Quaid, insano e genial) decide substituíla por uma jovem, por considerá-la já velha e decadente. Elisabeth fica em choque, e sofre um acidente de carro. Ao acordar se vê em um hospital, mas não sofreu ferimentos. Um enfermeiro a observa e diz que ela é perfeita. Sem entender nada, Elisabeth recebe um pen drive dele, com um produto chamado 'A substância". Indecisa sobre se aplica ou não a injeção, ela decsobre que o produto irá criar uma versão mais jovem dela, mas precisa seguir regras, como trocar de corpo a cada 7 dias e se alimentar com um produto. Assim surge Sue (Margareth Quailey, atriz de Yorgos Lanthimos em "Pobres criaturas" e "Tipos de gentileza"), que por sua beleza. ejuventude, acaba substituindo Elisabeth. Mas logo Elisabeth percebe que Sue está querendo tomar o seu lugar. O filme é lomngo, 141 minutos, mas eu fiquei o tempo todo fascinado com tudo: roteiro, técnica, performances brilhantes do trio principal. Todo o trabalho de câmera de Carolie é pensado, nada é aleatório. É angustiante, bizarro, corajoso, perturbador e imperdível. Uma hoemnagem explícita ao cinema de Cronemberg.

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