sábado, 23 de setembro de 2023

Tudo ficará bem no final

"Everything Will Be Fine in the End", de Joe Bartone (2023) Vencedor de mais de 20 prêmios em Festivais independentes, "Tudo ficará bem no final" é um filme de difícil classificação. É um dos retratos mais marginalizados de moradores de Los Angels. A cidade retratada no filme é feia, de ruas sujas, pobres, povoadas por tipos marginalizados, uma geração rock punk totalmente sem perspectiva, envolvidos com drogas, desemprego, roubos e sexo aleatório. São personagens desencontrados, que parecem saído daqueles filmes undergorunds dos anos 70 e 80, tipo os filmes de Andy Warhol, Paul Morrisey, os ciberpunks filmes estilo 'Repo man", Liquid sky" etantos filmes bizarros que fica até difícil entender a história. George (Elsa Kennedy), Kai (Steven Michael Martin) e Renka (Cheska Zaide) são três amigos jovens e desempregados, que vivem de roubos. Sem teto, eles pulam de galho em galho. George rouba um cachorro, mas esse é tomado pelo traficante Buzz, que quer que George pague as drogas que ela consumiu. Os 3 amigos decidem invadir um apartamento, mas a dona chega e acaba sendo morta acidentalmente por rles. A partir desse momento, a morta se torna uma morta que assombra os três. Para tornar tudo mais cult , um narrador estilo sábio negro e cego fica surgindo de vem em quando para apresnetar o que acontece com os amigos. O melhor do filme é essa narrativa underground, onde a lógica é não ter lógica. Tem cenas de sexo aletórias, envolvendo comida, além de videoclips e trechos bem desconexos. O melhor do filme, se é que se pode falar, são as imagens de uma Los Angeles decadente, e seus personagens que certamente o governo amaria esquecer ou jogar debaixo de um tapete. Louco, louco, louco, e mesmo repleto de falhas de roteiro, ainda assim é um filme instigante e culturamente interessante. Um retrato de uma geração e uma época na cultura americana.

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