sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Golda

"Golda", de Guy Nattiv (2023) Impossível qualquere espectador tendo assistido a "Oppenheimer" antes de "Golda" não tentar comparar aos dois filmes. Muitas situações narrativas semelhantes: uma pessoa sendo entrevistada por uma comissão, o contexto social e político envolvendo a guerra fria e obviamente, a ameaça da União Soviética e a posisbilidade de espiões no entorno do poder e o uso de preto e branco e cores. O elo mais evidente é o protagonismo, com atores extraordinários: Cillyan Murphy em "Oppenheimer", e. Hellen mirren, como Golda Meir, a única mulher a ocupar o posto de 1a Ministra de Israel. Mas Christopher Nolan tem todo um arsenal criativo para seduzir o público com horas de diálogos ininterruptos. O cineasta Guy Nattif, israelense radicado em Los Angeles, tem um Oscar em seu currículo, pelo excelente curta "Skin", de 2018, sobre um jovem neo nazista, que depois virou um longa com Jamie Bell. Mas "Golda" poderia ter sido um filme que talvez rendesse um Oscar à Helen Mirren, magnífica....mas ela encontra 2 obstáculos: a pesada maquiagem, e o nariz protético que trouxe a mesma dor de cabeça a Bradley Cooper em sua performance de Leonard Berstein de "Maestro". O termo "Jewface" já é consolidado em Hollywood, e a academia não perdôa o que eles chamam de estereotipar as características físicas dos judeus. O filme eu gostei, mesmo sendo pesado e lento. O filme quase todo acontece no gabinete de Golda, onde ela discute com seus conselheiros de Guerra durante os 19 dias da Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando as forças árabes, lideradas pelo Egito de Anwar Sadat, atacaram Israel durante a época mais sagrada do ano. O Egito e a Síria não reconheciam o Estado de Israel, ao qual chamavam de Região sionista, e tinham o apoio da União Soviética. OS Estados Unidos, consumidos pelo escândalo Watergate, se abstiveram, mas Golda presisonou o secretário do Governo henry kissinger (lIev Schreiber, excelente) a ajudar israel, que estava perdendo milhares de soldados. A cena de Golda e Kissinger é a melhor do filme, com dois atores soberbos.

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