sábado, 30 de setembro de 2023

Batch "81

"Batch"81", de Mike De Leon (1982) Concorrendo no Festival de Cannes na Mostra Quinzena dos realizadores em 1982, "Batch '81" causou furor na sua metáfora sobre a violência, repressão e sede de Poder ambientado em uma universidade em Manilha. Critica ao fascismo, comparado à Laranja mecanica"", o filme é corajoso ao ter sido lançado durante a ditadura de Ferdinando Marcos nas Filipinas, deposto em 1986, mas governando o país durante o lançamento do filme. Os técnicas de tortura psicológica e física são óbvias referências às torturas praticadas pelos simpatizantes de Marcos aos que eram contrário ao seu governo. Hoje, o filme é considerado um clássico do cinema filipino e foi restaurado em 6K e relançado no Festival de Veneza. Sid (Mark Gil) é um estudante de veterinária que irá depois estudar medicina. Querendo se enturmar , Sid e mais outros 7 alunos decidem se submeter às provações para entrarem na prestigiada Alpha Kappa Omega, uma fraternidade misógena e violenta, onde os veteranos usam de todos os tipos de torturas contra os calouros, inclusive levando alguns à morte. Apesar dos protestos da namorada de Sid, cujo irmão morreu há 2 anos atrás, o desejo de pertencimento é maior e Sid continua, mesmo que as turturas se tornem cada vez mais brutais. O filme apresenta todo tipo de torturas e humilhações, que envolve facadas, queimaduras com vela no corpo, ganchos no corpo, surras, obrigados a beber cuspe, andar de cueca em ruas super lotadas, ficarem nús, eletrochoques, etc. Durante o Festival universitário, em uma cena antológica, os novatos se travestem de drags e dublam e cantam números de "Cabaret", de Bob Fosse. "Batch'81" é um filme extremamente violento, que não dá para recomendar para qualquer tipo de espectador, que pode entrar em processos de gatilhos dependendo de sua vivência. No entanto, é um cinema cru que eu adoro na filmografia filipina, como em "Kinatay", de Brilllante Mendoza.

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