quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Madre

"Madre", de Rodrigo Sorogoyen (2019) Prêmio de melhor atriz na Mostra Horizonte do Festival de Veneza 2019 para Marta Nieto, no papel de Elena, "Madre" parte de uma curiosa adaptação do curta-metragem que deu origem ao longa. Em 2017, o roteirista e cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen foi indicado ao Oscar de melhor curta por "Madre": um plano sequ6encia de 20 minutos sobre uma mãe que fala ao celular com seu filho de 6 anos que está na praia de um outro país, abandonado pelo pai e a sua impossibilidade de poder ajudá-lo. Pois o longa começa exatamente com o mesmo curta-metragem: assim que acaba, começa uma cartela indicando 10 anos depois, e é aí que vem a novidade do filme. Sorogoyen remete à obra-prima de Hitchcock, "Um corpo que cai": é possível reviver em outra pessoa alguém que já não existe mais? Elena trabalha como gerente de um bar restaurante na praia onde o filho foi dado como desaparecido. Ela namora Joseba, que cuida dela. Um dia, Elena vê uma família de turistas franceses se hospedando em uma casa próxima. Ela olha o filho adoelscente do casal, Jean (Lujes Porier), 16 anos, a mesma idade que teria seu filho hoje em dia. Ela fica obecada e procura se aprximar do rapaz. Ele por sua vez, fica fascinado por Elena. Os pais do menino estranham e procuram evitar que ela se aproxime. joseba, por sua vez, também deseja que Elena se afaste do menino. Um filme que mistura tema stabus: pedofilia e incesto. Não que o filme invista nesse fetiche, mas deixa em duplo sentido os sentimentos da mulher. Ela se aproxima do menino por realmente acreditar que seja seu filho, ou houve uma atração mútua? Um filme instigante, que vai em um caminho diferente ao que foi o brilhante curta, rodado todo em plano sequência. O final pode deixar a desejar, para quem busca um desfecho conclusivo.

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