domingo, 3 de setembro de 2023

Nervos à flor da pele

"Órói", de Baldvin Zophoníasson (2010) Premiado drama islandês que mostra um grupo de adolescentes às voltas com depressão, descoberta de sexualidade, suicídio, sexo, drogas, parentes repressores e um futuro incerto. Um filme que apresenta uma realidade decsonfortável e pouco otimista para jovens que buscam a liberdade, mas encontram adultos que os sufocam. Depois de uma viagem a Manchester para um intensivo de inglês, Gabriel (Atli Oskar Fjalarsso) volta para casa na Islândia. Sua mãe é bastante repressora e acha que Gabriel está diferente, o que ele nega. Na verdade, Gabriel dividiu quarto com outro rapaz islandês, Markus, e numa noite de bebedeira, se beijaram. Esse evento transformou Gabriel. Ao retornar para a sua rotina, Gabriel se encontra com seus 3 melhores amigos: Stella(Ilva Holmes), que vive uma paixão platônica por Gabriel, trabalha em uma loja de conveniência cujo funcionário russo é apaixonado por ela. Stella mora com sua avó repressora; Gréta (Birna Rún Eiríksdóttir), que mora com sua mãe alcólatra e quer descobrir o paradeiro de seu pai, que abandonou a família; e Teddi (Elías Helgi Kofoed-Hansen), um mulherengo. O filme tinha tudo para ser um bom exemplar de coming of age, mas a sua extrema dramaticidade o coloca num patamar de filmes a serem vistos com bastante cautela, pois pode se tornar um gatilho para a prática de suicício, como solução para problemas domésticos. Não fosse esse sub-plot intenso e bastante dramático, o filme ofereceria um entretenimento com pontos de romance e algum humor. O ponto positivo é o time de atores jovens, que trabalham bem as diversas camadas de seus personagens em relação à emoção. A personagem da avó, nossa, que irritação, ainda mais no desfecho.

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