segunda-feira, 25 de setembro de 2023

A fuga do Capitão Volkonogov

"Kapitan Volkonogov bezhal", de Natasha Merkulova e Aleksey Chupov (2021) Concorrendo no Festival de Veneza 2021 e vencedor de mais de 18 prêmios internacionais, essa co-produção Russia/França/Estonia impressiona pelo seu apuro técnico, com imagens grandiloquentes filmadas em são Petersburgo e ambientado no ano de 1938. entre tantas imagens espetaculares, 2 me ficaram na mente: a de um dirigível monstruoso sobrevoando a cidade; e a do suicídio de um personagem, com a câmera fazendo toda a trajetória dele se jogando do prédio até se estatelar no chão. É brilhante como realização técnica. “Eles são inocentes neste momento”, “Mas eles serão culpados mais tarde.” Essa frase sintetiza a atmosfera do filme, uma verdadeira caça as bruxas na União Soviética de Stalin. O capitão Fyodor Volkonogov (Yuri Borisov, excelente), um respeitado e obediente agente da lei da União Soviética, presencia seus colegas soldados sendo interrogados de modo suspeito, alguns até cometendo suicídios. Pressentindo que será o próximo, ele escapa e inicia uma fuga, enquanto antigos colegas o perseguem. Fyodor começa a perceber o que estava por trás de suas ações. De repente, o capitão recebe uma mensagem do espírito de um suicida: depois da morte, ele será condenado à uma vida eterna de sofrimento. A única maneira de evitar esse cenário seria encontrar pelo menos uma pessoa disposta a perdoá-lo. Enquanto isso, o Major Golovnya está em seu encalço, na missão de matá-lo. A 1a referência que o cinéfilo trará será a do clássico "O Fugitivo", com HArrison Ford e Tommy Lee Jones. Em termos políticos e metafóricos, sobre uma revisão histórica, vem a referência do alemão "A vida dos outros", sobr eum agente do estado que se arrepende dos seus atos e busca a sua humanização e perdão. Com excelentes atores, cenas de ação e um orçamento de encher os olhos, o filme é um espetáculo, com um roteiro instigante que traz elementos de realismo fantástico.

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