terça-feira, 19 de setembro de 2023

Ghost in a shell - O fantasma do futuro

'Kôkaku kidôtai", de Mamoru Oshii (1995) Quando assisti ao filme na época do lançamento, confesso que não entendi quase nada. Deciide revê-lo agora, quase 20 anos depois. Foi um novo filme que surgiu para mim, ainda que a trama seja bastante complexa, com uma narrativa que abraça o universo cyberpunk e assim como em "Blade runner", existe toda uma filosofia sobre o que é ser e se sentir um ser humano em um corpo cyborgue. Adaptado do mangá de Shirow Masamune, publicado pela 1a vez em 1989, o espetacular roteiro de Shirow Masamune e Kazunori Itô antecipa de forma premeditória toda uma discussão acerca da inteligência artificial. Em um futuro distópico, os humanos aprimoram seus corpos com tecnologia, substituindo partes do corpo por robótica. Essas partes artificiais podem ser hackeadas e conectadas à redes de internet. A Major Motoko Kusanagi (Atsuko Tanaka), um ciborgue que trabalha para uma organização governamental de operações secretas chamada Seção 9, só possui de humano partes de seu cérebro. A sua unidade está atrás de Puppet master, uma inteligência artifical que invade sistemas e corpos robóticos para obter informações secretas de governos. Mas o Puppet master, que foi uma criação do governo, se rebela e ganha autonomia. A seção 9 e o governo, através da seção 6, estão agora atrás do Puppet master. Com um visual super revolucionário, o filme foi referência para clássicos futuro da ficção científica, principalmente para a trilogia "The Matrix", das irmãs Warchowsky. Tudo no filme é primoroso: a direção de arte, a trilha sonora que traz vozes falando em japonês, a edição, a fotografia. As cenas de ação são muito boas, e ainda assim, o filme tem momentos de contemplação filosófica, que me fez lembrar da obra-prima "Paprika". Em 2017, foi lançada a versão live action 'A vigilante do amanhã", com Scarlett Johanson, que foi acusada de whitewashing, ou seja, embranquecimento cultural.

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