Viver

"Living", de Oliver Hermanus (2022) Refilmagem do clássico de Kurosawa de 1952, "Viver", o remake é dirigido pelo cineasta sul africano Oliver Hermanus e conseguiu 2 indicações ao Oscar 2023: melhor ator para Bill Nighy e melhor roteiro adaptado. O original de Kurosawa foi escrito por Kazuo Ishiguro, que por sua vez foi inspirado na novela russa de 1886 "A Morte de Ivan Ilyich", de Leo Tolstoy. Ano de 1953, Londres. O funcionário público exemplar Willians (Bill Nighy) dedicou sua vida toda ao trabalho. Sua relação com seu filho e sua nora é burocrática, e Willians acaba sendo um homem idoso solitário. Quando ele descobre que tem um câncer terminal e previsão de 6 meses de vida, ele decide fazer coisas que sempre quiz: cantar em um Pub, morrer tomando remédios em uma cidade litorânea, mas acaba nao dando certo. Ao retornar a Londres, ele cria amizade com a senhorita Harris, uma garçonete, e com um novo funcionário no escritório, Sr Wakeling. Willians convence as pessoas do seu escritório a construir uma pequena pracinha em um terreno baldio. Um bom draama favorecido pelo ótimo trabalho de Bill Nighy, "Viver" tem um ritmo lento justamente para poder acompanhar as mudanças sutis na vida de Willians. A fotografia do filme é umd esbunde, recriando a atmosfera dos filmes antigos da época dos anos 50. Bela reconstituição de época em um filme essencialmente melancólico.