quinta-feira, 2 de março de 2023

Entre mulhere

"Women talking ", de Sarah Polley (2022) Adaptado do livro escrito por Miriam Toews, "Entre mulheres" está indicado para 2 Oscars: melhor filme e roteiro adaptado. O filme é baseado em uma história real acontecido no interior da Bolívia, em uma comunidade menonita (movimento do cristianismo evangélico que descende diretamente do movimento anabatista que surgiu na Europa no século XVI). As mulheres eram drogadas com anestesia usada em bois e estupradas. Elas acordavam sem se lembrar de nada, com a cama encharcada de sangue e dores nas pernas. Os homens alegavam que satanás se apodereu delas. O filme é adaptado para o interior rural dos Estados Unidos. Após as mulheres decsobrirem o que de fato aconteceu com elas, os homens agressores foram presos em uma delegacia. Os homens da comunidade decidem ir até a delegacia pagar a fiança dos homens e dão um ultimato às mulheres: ou perdoam os agressores, ou deverão ir embora da comunidade. Acontece que às mulheres não é permitido estudar, então são todas analfabetas, e elas nunca saíram de lá. As mulheres deciem, pela 1a vez, fazer uma votação: Enquanto os homens estão fora, as mulheres têm 48 horas para deliberar entre si e decidir se não fazem nada, ficam e lutam, ou fogem. Com um elenco feminino poderoso e talentoso, o filme tem uma direção forme e segura de Sarah Polley, que usa da criatividade para dar um olhar cinematográfico à uma trama bastante teatral: quase 80 por cento do filme acontece dentro de um celeiro, com as mulheres discutindo o que fazer. Rooney Mara, Frances Macordmand, Jessie Buckley, Claire Fox, além de outras atrizes menos conhecidas mas igualmente fortes. Ben Wishaw interpreta o professor August, que deverá fazer anotações das reuniões por ser o único letrado. O filme é às vezes cansativo pela verborragia, mas o tema pautado é tão necessário que acaba despertando a vibração da platéia, que torce por elas.

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