segunda-feira, 20 de março de 2023

Tarr Béla - Eu costumava ser um cineasta

"Tarr Béla- i used to be a filmmaker", de Jean-Marc Lamoure (2013) A cuirosa inversão do título do nome de um dos cineastas mais renomados da Hungria se deve ao fato de que lá, o sobrenome vem na frente. Bela TYarr realizou a premiada obra n"Satantango", com 7 horas e 20 minutos de duração, e "O cavalo de Turim", de 2011, de 146 minutos e vencedor do Urso de prata do Festival de Berlim, que vem a ser o grande prêmio do juri. O documentarista francês Jean-Marc Lamoure acompanhou os bastidores das filmagens de "O cavalo de Turim" e compartilha as imagens e a experiência de assistir a Bela Tarr dirigir com o espectador. O que mais me impressionou no método de trabalho de arr, é que, ao contrário do que eu imaginava, ele é adepto da alta tecnologia em termos de filmagem e de movimentação de câmera. Como se fosse uma super produção, ele faz uso de camera car, steadicam, grua remota, panther com trilhos longos e pasmem, um helicópetro à disposição para espelhar ventania na cena, além de ventiladores turbina e muito efeito de fumaça. E extremamente rígido na composição do quadro, tarr dá um depoimento dizendo que não existe democracia no set de filmagem, deixando claro o quanto ele tem a voz ativa. Durante a filmagem, muitas vezes o elenco precisa lidar com o barulho dos ventiladores, helicópetro, equipe falando e da música que Tarr coloca para dar o clima. Os ensaios são bem vindos, por conta da dificuldade dos planos e da longa duração. Tarr é conhecido como herdeiro do cinema de tarkovsky e de Berghman e claro, roda tudo com película. Há mais de duas décadas, tarr filma com os mesmos cabeças de equipe: sua esposa/codiretora/editora de Tarr, Agnes Hranitzky, o diretor de fotografia Fred Kelemen, o roteirista László Krasznahorkai , o compositor Mihaly Vige e os atores principais Janos Derzsi e Erika Bok. Um filme que deve ser assistido por cinéfilos amantes do cinema de Tarr.

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