segunda-feira, 13 de março de 2023

Blue Jean

"Blue Jean", de Georgia Oakley (2022) Em um determinando momento, achei que fosse ver algo que lembrasse o filme de Willian Wyller "Infâmia" , adaptado de "The childres hour", Lilian Hellman, sobre duas professoras acusadas por uma aluna de serem lésbicas. Mas me enganei, e o filme é mais do que isso. Ambientado na Inglaterra dos anos 80, sob o governo linha dura e conservador de Margareth Tactcher, que acaba de promover uma lei que criminaliza a homossexualidade. Jean (Rosy McEwen) é professora de educação física e namora Viv (Kerrie Hayes) longe dos olhares dos professores e alunas da escola e longe de sua família. Temendo o conservadorismo do governo e da sociedade, Viv se mantém no armário, ao contrário de Viv, que é assumida e pressiona Jean a se assumir. A pressão deixa Jean pressionada e irritada. A gota d'água é quando Jean se envolve com o drama de sua aluna Lois (Lucy Halliday), que sofre bullying das outras alunas da escola por ser lésbica, e Jean fica em um conflito enorme entre defender a aluna ou aos interesses conservadores da escola. Com um trabalho fantástico de todas as atrizes, em um filme essencialmente feminino, e também de toda a figuração, não só das alunas da escola quanto das lésbicas do clube underground, o premiado drama de estréia da roteirista e diretora Georgia Oakley é denso e toca em um tema bastante polêmico sobre o conservadorismo da Inglaterra criminalizando a homossexualidade. COm um bom roteiro e com uma trilha com clássicos da eletrônica dos anos 80, o filme traz uma boa discussão na pauta.

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