quinta-feira, 16 de março de 2023

Até amanhã

"Ta farda", de Ali Asgari (2022) Premiado drama iraniano que mais uma vez, comprova o grande trabalho de direção em desenvolver um longa inteiro com apenas um fiapo de história mas que ao mesmo tempo, consegue trazer toda uma reflexão sobre o contexto sócial de um país, no caso, o Irã. Protagonizado pela sobrinha do cineasta, que ampliou um curta que ele dirigiu em 2014, "The baby, until tomorrow', nos traz Fereshteh ( Sadaf Asgari , uma degin gráfica e mão solteira de um bebê de dois meses. Ela trabalha em casa e mora sozinha em um pequeno apartamento. Seus pais não sabem da existência do bebê. Para surpresa de Fereshteh, os pais ligam dizendo que farão uma visita para ela d enoite. Faresteh se desespera e procura ajuda para algum conhecido, vizinho ou amigo que possam ficar com seu bebê e os pertences dele durante a noite. Mas sua peregrinação começa a se tornar um desespero, a partir do momento que ela não pode dizer que a criança é ela, mão solteira, por conta do preconceito da sociedade e do conservadorismo da cultura irtaniana. Exibido em Berlim, o filme tem uma ótima narrativa, que vai em um crescendo de tensão, até culiminar em um plano de atuação silenciosa, de 4 minutos, dentro d eum táxi, que me lembrou "Free zone", com Natalie Portman. A atriz que interpreta a melhor amiga de Faresteh, Atefeh ( Ghazal Shojaei ), tem igualmente uma performance brilhante. Um filme contundente e que traz muitas refelexões sibre o papel da mulher em sociedades patriarcais.

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