domingo, 26 de março de 2023

Canibal apocalipse

"Apocalipse domani", de Antonio Margheriti (1980) O cineasta italiano Antonio Margheriti se diferencia de seus conterrâneos que embarcaram na onda dos filmes de canibais: ao invés de localizar os filmes na floresta amazônica, com tribos indígenas canibais, matando animais e explorando a objetificação do corpo feminino em cenas de nudez, MArgheriti coloca os seus personagens em Atlanta, na Geórgia. São canibais urbanos, que atacam suas vítimas em salas de cinema, mercados, esgotos, etc. Não é como os filmes de zumbis de George Romero que criticam o capitalismo. Aqui, quando levam tiro, os canibaius morrem. E têm sentimentos, falam normalmente. Só têm instinto em querer comer carne humana. O filme tem um prólogo na Guerra dio Vietnã: O capitão Hopper (John Saxon, rei dos filmes Z dos anos 80) se depara com alguns de seus soldados que foram capturados pelos vietcongues. e expostos a um vírus que os faz desejar carne humana. Após ser mordido por um deles, Hopper acorda em Atlanta, já em casa, ao lado de sua esposa. Um dos prisioneiros de guerra, Bukowski (Giovanni Lombardo Radice)liga para Hopper e pede para se encontrarem na cidade. A partir daí, um verdadeiro massacre canibal irá ocorrer. O mais delicioso do filme é a incrível trilha sonora de soul funk, inusitado para um filme de terror. "Canibal apocalipse" acaba oferecendo bem menos do que os fãs de canibais italianos esperam. As mortes mesmo só acontecem no terceiro ato. Até lá, o filme é um drama sobre soldados traumatizados pela guerra e tentando voltar a voniver em sociedade. Algumas mortes são bem divertidas, como um tiro de fuzil que abre um buraco no tórax de um. No entanto, o gore é bem discreto aqui. Uma pena, fiquei bem frustrado.

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