sexta-feira, 24 de março de 2023

A semana do assassino

"La semana del asasino", de Eloy de la Iglesia (1972) Excelente drama de suspense psicológico espanhol, "A semana do assassino" é um surpreendnete filme com um protagonista serial killer, filmado por um dos cineastas espanhóis mais malditos e esquecidos do cienma, Eloy de la Iglesia, realizador de clássicos Lgbt como "El pico", "Navajeros", "O deputado", "A volta do parafuso", entre outros, filme que apresentam a realidade nua e crua das ruas de Madri, com personagens envolvidos com vícios em heróina, tráfico, assassinatos e relacionamentos tóxicos, e principalmente, protagonistas em conflito com sua sexualidade. O diretor e eroteirista Eloy de la Igleasia, ele mesmo tornbou-se um viciado em, heroína, e acabou morrendo em 2006 de câncer. Ele se envolveu com alguns de seus jovens atores, escalados nas ruas, igualmente viciados em heroína. O protagonista Marcos é vivido por Vicente Parra, que está ótimo como o atormentado açougueiro de um matadouro. Eusebio Poncela, ator de ALmodovar em "Matador" e 'A ;ei do desejo", interpreta Nestor, o vizinho rico e gay, que mora em um condomínio de alto luxo. Marcos (Vicente Parra) trabalha em um matadouro e mora em uma casa pobre na periferia, em um terreno baldio dominado pela pobreza e pelo crime. Um dia, sem saber ao certo o motivo, desperta nele um impulso homicida que o levará a cometer uma infinidade de assassinatos. O primeiro, é a de um taxista. Logo depois, a sua própria namorada, e por aí em diante, matando uma pessoa por dia, até fechar uma semana. Marcos esconde os corpos em seu quarto e aos poucos o fedor vai atraindo os cachorros da vizinhança. A solução é desmembrar os corpos e moe-los no matadouro. Com ecos de Hitchcock e "A janela indiscreta", "A semana do assassino" é um primor, um filme sujo, obscuro, maldito, e por isso mesmo, brilhante. A cena da pisicna, com Nestor aguçando a descoberta de sua sexualidade em Marcos, é um dos grandes momentois do filme,e xalando homoerotismo. O filme, para a época, tem cenas bastante violentas, que envolvem uso de ferramentas, entre elas, uma machadinha. Pars os críticos, o filme ter sido liberado pelo Governo Franquista, altamente conservador, foi um milagre, mesmo sofrendo cortes.

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