segunda-feira, 20 de março de 2023

Rio violento

"Wild river", de Elia Kazan (1960) Elia Kazan é um dos roteiristas e diretores mais premiados dos Estados Unidos, realizador de diversas obras-primas, como "Sindicarto de ladrões", "Vidas amargas", "Viva Zapata", e "Rio selvagem", espremido entre os não menos primorosos "Clamor do seo" e "Um rosto na multidão". O filme é adaptado de conntos de William Bradford Huie e Borden Deal. O filme concorreu no Festival de Berlim em 1960. Os temas do filme são bastante ousados para a época: um libelo anti-racista e um alerta contra a expulsão de populares de seus lares para dar lugar à modernidade, no caso, a construção de uma usina no Tenessee. Montgomery Clift é Chuck Glover, um burocrata que trabalha em um órgão do governo, o TVA, e é enviado até o tenesse para retirar a população de uma ilha que será inundada pela usina em duas semanas. Mas a proprietária da ilha, Ella Garth (Jo Van Fleet) se recusa a sair do local. Lá, ela mora com seus filhos, sua neta viúva, Carol (lee Remick), seus bisnetos, filhos de Carol, e tambem com famílias negras, que convivem pacificamente com Ella e sua fazenda. Ella é irredutível aos apelos de Chuck, que ainda se apaixona por Carol. Quando Chuck convence às famílias negras de saírem da ilha e trabalharem para o governo ao valor de 5 dólares por dia, cria-se um rebuliço na cidade: os racistas acham um abusrdo os negros ganharem o memso que os brancos, e pssam a ameaçar Chuck. Impressionante o trabalho de direção de atores de Elia Kazan, um dos fundadores da Actor's Studio e trazwndo o método para as performances em seus filmes. Todos estão brilhantes, incluindo o elenco de apoio. Existe uma cena em particular, com Montgomery Clift e Albert Salmi, que interpreta o racista dono do posto de gasolina Hank Bailey, que é um primor de atuação. Um filme obrigatório e que merece ser redescoberto. Jo Van Fleet, que já havia trabalhado com Kazan em "Vidas amargas", como a mãe do personagem de James Dean, está igualmente forte e densa.

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