domingo, 5 de março de 2023

Rimini

"Rimini", de Ulrich Seidl (2022) Eu sou um grande fã do cinema do austríaco Ulrich Seidl. No entanto, seus filmes, assim como o de Michael Haneke, Michel Franco, Amat Escalante e outros, trazem o pior da humanidade: seres humanos grotescos, vis, arrogantes, ambiciosos, escórias. Seus filmes "Import export", a trilogia "Paraíso: fé", "Paraíso: esperança", "Paraíso: amor", "Hundtasge", 'Safari", Ïm keller" não têm meio termo: ou se gopsta, ou se odeia. Concorrendo ao prêmio principal no Festival de Berlim 2022, 'Rimini" é no mínimo, angustiante e sufocante. O protagonista é Richie Bravo (Michael Thomas, excelente e corajoso). Ele é cantor decadente de um resort de classe média em Rimini, cidade litorânea da Itália. Ele está na Áustria para o funeral de sua mãe e para internar o seu pai demente em uma clínica. Ao retornar à Rimnini, ele volta à sua rotina: ganhar uns trocados cantando para parcos turistas alem˜!aes e austríacos. Ele também oferece serviços sexuais para mulheres idosas. Richie é solitário e alcóolatra. Um dia, uma jovem que se identifica como sua filha de 18 anos, abandonada por ele quando criança, exige dinheiro para compensar tudo o que o pai não lhe deu. Desesperado, Richie começa a chantagear as clientes e a roubar dinheiro de seu pai. É muito difícil acompanhar os filmes de Seidl, pois voc6e sabe que nunca acaba bem e que ele não é adepto de finais felizes. Assim como o personahem de Mickey Rourke em "O lutador", Richie cada vez se afunda mais e vai se tornando cada vez mais sufocante a sua vida. A tragédia final é eminente. Um grande trabalho de atores, e me impressiona como Seidl consegue escalar em seus filmes mulheres d eterceira idade que fazem cenas de sexo e ficam nuas. Uma cena chocante: uma idosa faz sexo com Richie, enquanto no quarto ao lado, sua mãe convalesce de doença.

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