sábado, 2 de maio de 2020

A assistente

"The assistant", de Kitty Green (2019) Exibido em diversos Festivais, incluindo Sundance, "A assistente" é escrito e dirigido pela Cineasta Kitty Green, que aqui estréia na ficção após uma carreira de documentarista. O filme é uma brutal crônica sobre o assédio moral e sexual dentro de uma grande produtora de cinema em Nova York. É bem clara a referência ao mega produtor Harvey Weinstein e os atos criminosos que o levaram à prisão e ao início do movimento #metoo. Kitty Green realiza um importante filme como denúncia e que deve ser explorado. Mas o roteiro e a construção dos personagens me deixou extremamente irritado. Em primeiro lugar, para expôr como a masculinidade é tóxica no ambiente de trabalho, absolutamente todos os personagens masculinos são traiçoeiros, hipócritas e descritos de forma absolutamente caricata, Não existe a mínima humanidade em suas personificações. A personagem de Julia Garner, Jane, é bastante inverossímil. Nunca que uma assistente pessoal de um mega produtor de cinema teria essa postura tão fragilizada e tiranizada como a que Jane é representada. Talvez isso aconteça com uma estagiária que esteja começando, mas alguém com a importância de sua profissão, eu pelo menos nunca vi em nenhuma produção de cinema que eu tenha trabalhado. As cenas onde os seus dois colegas de trabalho ficam ditando o que ela deve escrever no email, é de uma irritação absurda. Mas novamente, quero ressaltar que o filme é importante como denúncia, muito próximo do recente filme com Charlize Theron e Nicole Kidman, "O escândalo". com a grande diferença que aqui o filme foi escrito e dirigido por uma mulher. O filme acompanha um dia no trabalho de Jane: a sua exploração como profissional, as suas relações de trabalho com os seus colegas tóxicos, o bullying de sue patrão, as intimidações da esposa do patrão que quer saber aonde ele está, e finalmente, o seu testemunho sobre uma nova assistente que faz sexo com o patrão para conseguir um emprego. Julia Garner está excelente. A diretora e documentarista Kitty Green traz um olhar de documentário para registrar a rotina de Jane em um exaustivo dia de trabalho.

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