sábado, 2 de maio de 2020
Tudo bem
"Tudo bem", de Arnaldo Jabor (1978)
Listado entre s 100 melhores filmes do cinema brasileiro pela Abraccine, "Tudo bem", escrito por Arnaldo Jabor e Leopoldo Serran ganhou 3 prêmios no Festival de Brasília em 1978 : Melhor filme, atriz para Fernanda Montenegro e ator coadjuvante para Paulo César Pereiro.
O filme é uma alegoria que faz uma crítica arrebatadora sobre racismo, mistiscismo, classes sociais, machismo, tudo protagonizado por um time de atores e atrizes fabulosos: Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Zezé Motta, Regina Casé, Luis Fernando Guimarães, Jorge Loredo, Maria Silvia, Anselmo Vasconcellos, Stênio Garcia, Fernando Torres, Paulo César Pereiro, Guilherme Karam e muito mais.
O filme se passa praticamente dentro de um apartamento de classe média na Zona Sul carioca. Dentro desse bunker, a família de Elvira (Montenegro), Juarez (Gracindo) e seus filhos Vera (Casé) e José (Luis Fernando) ficam alheios ao que acontece no Brasil em termos políticos e econômicos. Quando Elvira finalmente convence o marido a fazer uma obra em casa, vários Brasis se instalam ali: além dos operários e as famílias de alguns deles que passam a morar ali, as empregadas domésticas também fazem das suas: Aparecida é religiosa e em algum momento é visto como Santa por todos, e zezé de noite se prostitui na praia.
O filme é constituído de sketches que satirizam e ao mesmo tempo exploram o que há de pior no Brasil. A ficha técnica é um primor à parte: fotografia e câmera do Mestre Dib Luft, e direção de arte de Helio Eichebauer.
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