O lago dos zumbis

"Le lac des mortes vivants", de Jean Rollin e Julian de Laserna (1981) Considerado pela crítica o pior filme de zumbi da história, rejeitado pelo próprio diretor Jean Rollin que tem vergonha de ter realizado o filme, "O lago dos zumbis", ainda bem, se tornou daqueles cults com o passar do tempo, e possui diversas cenas antológicas. Claro, cenas daquela forma que amamos: quanto pior, melhor. O filme é tão ruim, tão tosco, que é difícil não se divertir assistindo. A história por si só já é uma piada: durante a 2a guerra mundial, um pelotão de soldados nazistas invade um vilarejo na França rural. um dos soldados salva uma camponesa, e acabam se apaixonando. Ela engravida dele, mas moradores d aregião acabam matando os soldados nazistas e jogam seus corpos no lago. O tempo passa, e os mortos se tornaram zumbis, saindo do lago e atacando moradores da cidade (além de um time de basquete feminino que vai nadar na água). A única pessoa que pode salvar a todos é a pequena Helena, que vem a ser a filha do zumbi apaixonado. Cenas inesquecíveis e hilárias de tão sem noção: o pai zumbi passeando de mãos dadas com a filha pela cidade; a briga de facas de dois zumbis; o ataque dos zumbis contra o time de basquete feminino; o ataque dos zumbis contra 2 investigadores. E mais: o lago é real, mas as cenas de baixo d'água nitidamente são filmadas em uma piscina. O elenco é péssimo. A produtora é a Eurociné, um estúdio francês que realizou nos anos 80 e 90 filmes baratos para rivalizar com o trash italiano. Não podiam faltar mulheres nuas ( e todas ficam nuas, é incrível a misoginia e objetificação da época! e o sangue é tosco. A maquiagem dos zumbis é pintada com tinta verde que vai sumindo com o tempo. Sö nos resta nos divertirmos.