domingo, 9 de junho de 2024

Paraíso em chamas

"Paradiset brinner", de Mika Gustafson (2023) Drama co-produzido por Suécia, Itália, Dinamarca e Finlândia, "Paraíso em chamas" venceu os prêmios de melhor diretora e melhor roteiro no Fetsival de Veneza 2023, na Mostra Horizons. O filme lembra no pano de fundo a obra-prima de Koreeda, "Ninguém pode saber", mas as diferenças acabam logo cedo: diferente do filme japonês, as 3 irmãs abandonadas pela mãe são livres: elas podem sair, se divertir com as colegas do bairro, roubar produtos dos vizinhos e nos supermercados. Elas são espertas, corajosas e sabem lutar contra um mundo de adultos que procura derrubá-las. Na periferia da Suécia, moram as irmãs Laura (Bianca Delbravo), 16 anos, Mira (Dilvin Assad), 12 anos, e Steffi (Safira Mossberg), 7 anos. Elas escondem de todos que a mãe as abandonou. Um dia, uma mulher da assist6encia social liga e Laura atende, dizendo que vai faezr uma visita e quer que a mãe delas atenda. Laura se desespera e esconde das irmãs a ligação. Um dia, ao fugir de um homem que a viu roubado, Laura conhece uma mulher solitária, Hannah (Ida Engvoll). As duas tornam-se confidentes. Laura propõe que Hannah se finja de mãe delas. Hannah entra no jogo, pois deseja ter uma família, ao passo que Laura nutre por Hannan sentimentos afetivos até então desconhecidos. O filme traz atuações magníficas de todo o elenco. Não somente as 3 jovens atrizes que interpretam as irmãs, mas também a que interpreta Hannah e igualmente, todo o grupo de garotas de rua do bairro. É incrível a excelência do trabalho de direção de elenco do filme. Em tom naturalista, o filme traz uma vida marginalizada das meninas, sem estudos ou atenção familiar. Lembra bastante a narrativa dos irmaos Dardenne, aquele olhar humanista sobre personagens à margem da sociedade.

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