domingo, 9 de junho de 2024

Nosso verão daria um filme

"To kalokairi tis Karmen", de Zacharias Mavroeidis (2023) Concorrendo no Festival de Veneza 2023, na Mostra Queer Lion, dedicado a filmes de temáticas LGBTQIAP+, a comédia dramática grega "Nosso verão daria um filme" é um ousado filme que traz a nudez masculina frontal de forma normalizada. Durante quase 70 por cento do filme, o belo protagonista, o Deus grego e padrão Yorgos Tsiantoulas surge totalmente nú e fazendo cenas de sexo, algumas explícitas, no papel do triste e melancólico Demóstenes, abandonado pelo namorado de longa data Panos. Ao passar um dia na praia nudista em Atenas, Demóstenes e seu melhor amigo Nikitas (Andreas Lampropoulos), um aspirante a cineasta, falam sobre a oprtunidade de Nikita dirigir um filme a ser financiado por um produtor francês, Jean Sebastien. O filme deve ser divertido, sexy, ambientado na Grécia e de baixo orçamento. Nikita e Demóstenes decidem criar em conjunto um roteiro, mas inivitavelmente, a história gira em torno de Demóstenes e seu relacionamento com Panos, com sua mãe possessiva, com outros amantes e por fim, com Carmen, a cadela que Panos encontrou abandonada e que deseja deixar com Demóstenes, por não conseguir cuidar dela. O filme pode lembrar o cult francês "Um estranho no lago", mas a narrativa é diferenciada. Ambos os filmes possuem nudez e sexo explicito, mas aqui o tom é de comédia dramática romântica. O título original diz mais ao filme:"Meu verão com Carmen". A cadela e a forma como é abandonada diversas vezes se torna uma forte metáfora para os sentimentos de Demóstenes em relação ao ex e à sua mãe. Um filme repleto de tesão, mas que traz fortes mensagens sobre amizade, relacionamento e principalmente, sobre vver a vida da melhor forma possível.

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