O estranho

"O estranho", de Flora Dias e Juruna Mallon (2023) Selecionado para o Festival de Berlim e concorrendo na Mostra Teddy, dedicado a filmes com temáticas Lgbtqiap+, "O estranho" é produzido pela produtora de Belo Horizonte Embaúba filmes, e dirigido e escrito por Flora Dias e Juruna Mallon. Mais do que falar de uma história queer, através de 2 das protagonistas, uma negra e outra descendente de indigenas, o filme quer falar sobre colonização, ancestralidade e terrotorialidade. A narrativa alterna drama, documentário e realismo fantástico. O roteiro é fragmentado em diversos pontos de vista, com personagens em sub-plots, todos ancorados pelo Aeroporto de Guarulhos, o maior da América do Sul e por onde diariamente, centenas de pessoas transitam. Emtre elas, o filme foca em funcionários que permabulam com questões profissionais e pessoais. Patricia Saravy, Larissa Siqueira, Rômulo Braga, Jorge Neto são alguns dos atores que dão vida a personagens repletos de conflitos. A câmera capta belos enquadramentos e revelando uma floresta no entorno do aeroporto, onde no passado, viviam indígenas. É um filme complexo, com narrativa por vezes experimental, mas tem momentos curiosos, como a dos personagens dançando funk em um free shop.