quinta-feira, 6 de junho de 2024

Se eu pudesse apenas hibernar

"Baavgai Bolohson", de Zoljargal Purevdash (2023) Acho que um dos últimos filmes que assisti e que foram realizados na Mongólia, foi o belo "Ping pong na Mongólia", de 2005, sobre um menino que encontra uma bola de ping pong e fica encantado. Em competição na mostra Un certain regard do Festival de Cannes 2023, o filme da Mongólia "Se eu pudesse apenas hibernar" repete a mesma ternura e um olhar quase documental e ao memso poético sobre a dura realidade do país, atingido pela pobreza, mas também, abençoado por belas locações. No filme, o roteirista e cineasta Zoljargal Purevdash mostra as contradições de um país com o centro da cidade modernizdao, mas ainda arcaico quando se fala do interior rural. Durante um rigoroso inverno, uma família: mãe viúva (Ganchimeg Sandagdorj), analfabeta e desempregada e seus 3 filhos, entre eles, o mais velho, o adoelscente Ulzii (Battsooj Uurtsaikh). A mãe culpa o marido, já falecido, pela pobreza da família, ao abandonar o interior e decidir vir morar na cidade. A mãe resolve que ver voltar ao interior e arrumar um emprego. Ulz iinão quer: ele deseja estudar e se formar, e recebeu um convite de um professor para participar de um campeonato de física. A mãe reclama e leva o filho menor. Ulzii precisa agora cuidar dos 2 irmãos menores, estudar e conseguir bicos para sustentar a todos, além de ter que enfrentar o frio intenso. Trabalhando com não atores, o filme apresenta uma história comovente, e que me fez lembrar da obra-prima de Hirokazu Koreeda, "Ninguém pode saber". Aind abem que o filme não traz toda a dimensão trágica do filme japonês. Aqui, o filme fala sobre pessoas boas, que se ajudam e ajudam os outros. É muito curioso observar o quanto a Mongólia se modernizou, com carros de última geração, centros informatizados e inclusive, a adoração dos jovens por tênis modernos. Uma fábula amorosa, diante de uma dura realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário