"Tenéis que venir a verla", de Jonás Trueba (2022). Ovacionado em festivais, o drama espanhol, com tintas leves de humor, "Você tem que vir e ver", traz sabores de Woody Allen ou Bertrand Blier, com diálogos que trazem um certo intelectualismo mas apontamentos críticos sobre a sociedade, comportamento humano e mundo em que vivemos. "Você é feliz"?. Essa é uma pergunta que um personagem faz em determinando momento. O filme traz 2 jovens casais de amigos, apresentados em um longo prólogo sem falas, apenas em seus closes, enquanto assistem a uma récita de um pianista, Chano Dominguez, tocando "Limbo". É nesse belo local, o Café Central de Madrid, que somos apresentados a dois casais: Elena (interpretada por Itsaso Arana ) e Daniel (interpretado por Vitor Sanz ) e, Guillermo ( Francesco Carril ) e Susana ( Irene Escolar ). Guilhermo e Susana decidem se mudar para o campo, após Susana herdar a casa de um parente. O casal convida os amigos a os visitarem um dia. Esse dia chega: Elena e Daniel pegam um trem, e uma hora depois, estão na cidade dos amigos. Recebidos com um almoço de cordeiro, logo eles visitam o campo. Durante esse tempo, os amigos discutirão vida, trabalho, política.
Com ótimos atores, o filme convida o espectador a fazer parte da conversa naturalista e espontânea. Ou então, pode assustar o espectador desavisado que estava a fim de um passatempo e passa quase 1 hora de filme ouvindo diálogos intermináveis. Depende do mood da platéia apreciar ou não ao filme. No final, tudo se transforma em metalinguagem, com a equipe técnica aparecendo em cena.
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