sexta-feira, 1 de maio de 2020
Ema
'Ema", de Pablo Larrain (2019)
Drama chileno do famoso e premiado cineasta realizador dos excelentes "O clube", "Jackie", "No" e "Tony Manero". O filme competiu no Festival de Veneza 2019, de onde saiu com um prêmio especial. "Ema" é um drama intimista sobre o desejo de ter um filho. É um filme bastante sofrido, depressivo, sobre um casal, Ema (Mariana Di Girolamo), dançarina de um grupo de teatro experimental musical, que tem um relacionamento com o coreógrafo, Gastón (Gael García Bernal), mais velho do que ela. Gastón é infértil e ambos resolvem adotar uma criança, Polo. A experiência acaba sendo traumática e Gastón devolve a criança, o que provoca profunda ruptura emocional em Ema, que não perdôa o marido pelo ato. O casamento se destrói, apesar das tentativas de Gastón tentar manter a relação. Ema tenta reaver a criança, mas a assistente social proíbe. Ema se liberta das amarras e resolve se tornar uma mulher sexualmente livre, fazendo sexo com vários homens e mulheres, em uma busca desenfreada para curar a dôr de não poder ser mãe.
Esse é o filme que menos gosto de Pablo Larraín. Apesar de uma fotografia exuberante de Sergio Armstrong, seu parceiro em todos os filmes, e das locações inebriantes de Valparaíso, o filme tem uma narrativa bastante fria e melancólica, e me distanciou bastante dos personagens. As coreografias de dança e o trabalho dos atores é o que o filme tem de melhor. Gael já havia trabalhado com Larraín em "No".
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