segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O Pequeno Príncipe

"The little Prince", de Stanley Donen (1974)
Obra-prima de Stanley Donen, realizador de "Cantando na chuva", lançada em 1974 nos cinemas e de forma inexplicável, um fracasso de crítica e público. Donen ousou adaptar um dos maiores clássicos da literatura infantil, escrito por Antoine de Saint-Exupéry e publicado em 1943, e mais ousadia ainda, o transformou em um musical, com letra e músicas escritas pela dupla Alan Jay Lerner e Frederick Loewe, autores dos sucessos "My fair lady" e "Camelot".
Donen escalou os melhores atores ingleses da época e teve a feliz idéia de escalar Gene Wilder no papel da Raposa, e Bob Fosse, no papel da Serpente. Fosse criou uma coreografia depois imitada por Michael Jackson. Mas nada disso teria funcionado se o protagonista, o Pequeno Príncipe, não fosse posto em carne, osso e sentimentos por um ator mirim impressionante, que é o caso de Steven Warner, que com apenas 7 anos de idade, canta, dança e faz chorar. É uma feliz conjunção de talentos, que inclui a bela fotografia, linda locação no deserto da Tunísia, na criativa direção de arte e efeitos e nos cenários lúdicos.
"O essencial é invisível aos olhos", a frase inesquecível do livro, é transformada em uma das mais lindas cenas do cinema; Gene Wilder sentado em uma plantação de trigo, que o fazem se lembrar dos cabelos loiros do Pequeno Príncipe.
Um livro aparentemente impossível de adaptar, se tornou uma obra-prima, injustamente relegada a um segundo plano e esquecida por muita gente.
O final é tão belo, que é impossível não chorar.

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