domingo, 23 de agosto de 2020

Paraíso no oceano

"Hai Yang Tian Tang", de Xiao Lu Xue (2010)
Premiado drama lacrimogêneo chinês, famoso no mundo todo por ser o primeiro filme do astro Jet Li que não é de ação, e sim, um melodrama com ótimas performances. Jet Li é conhecido pelo seu trabalho social, e aqui no filme, ele não recebeu cachê para fazer o papel do pai viúvo, Wang, pai de um filho autista, Dafu, de 21 anos. Wang trabalha em um parque oceânico, e seu filho o ajuda. Quando Wang descobre que tem um câncer terminal, se angustia: como deixar seu filho Dafu, que não consegue fazer nada sozinho? Escondendo a doença dos amigos e da vizinha, dona de uma mercearia, Wang tenta se suicidar e levando o filho junto, mas a tentativa dá errado. A partir daí, ele vai numa encruzilhada para ensinar o filho a fazer de tudo: pegar ônibus, comprar coisas, atender telefone, fazer comida, etc.
O roteiro não tem vergonha em assumir que quer arrancar lágrimas do espectador. Personagens que surgem, como a artista de circo LingLing, que simpatiza com Dafu e também o ajuda, e cenas sentimentais entre pai e filho. Mas para quem gosta de melodramas, como eu, é um prato cheio e um filme sensível e gostoso de ver. A atuação de Zhang Wen, como o autista Dafu, é bastante decente, apesar de alguns críticos acusarem a performance de um autista ser retratada de forma bastante ingênua. Já vi bastante filmes sobre autistas, e cada um representa o autista de forma diferente: tem o agressivo, tem o que age como criança, tem o obssessivo. Um bom filme para assistir em uma tarde de domingo. E Jet Li, estreando no drama, atua com muita competência.

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