domingo, 2 de agosto de 2020

Banho de sangue

"Ecologia del delitto", de Mario Bava (1971)
Uma das grandes obras-primas do Mestre italiano Mario Bava, "Banho de sangue", que no Brasil também teve outro título, "Mansão do terror", é o filme que lançou o gênero "Slasher" no cinema e por isso, a sua importância histórica. Lançado em 1971, ele viria a ser "copiado" em 'Sexta-feira 13", de Sean S. Cunningham, lançado em 1980. Algumas cenas de morte são as mesmas, inclusive a ambientação do filme, que é à beira de um lago. Outra morte foi utilizada em 'Sexta feira 13 II". O filme tem um roteiro repleto de plot twists, típico do gênero "Giallio", ao qual o filme faz parte. O Assassino, que só tem a identidade revelada ao final, usa luvas pretas de couro. Mas a subversão do filme é justamente essa: a identidade do assassino.
Uma condessa é assassinada no início do filme, e é divulgada uma carta de suicídio. Logo, vários personagens surgem na trama, interessados na herança da mulher. O filme trata do tema da ganância e cobiça, uma espécie de "o Tesouro de SIerra Madre" slasher, repleto de assassinatos e mortes bizarras, um total de 13. Devido às cenas de morte explícitas, o filme foi proibido em vários países. Até hoje em dia, o filme pode impressionar pela violência. Ousado, polêmico, o filme traz toda aquela cartilha de quem morre: tem uma cena de nudez explícita, de uma mulher totalmente nua tomando banho no lago. A fotografia, sensacional, é do próprio Mario Bava, que começou a sua carreira como fotografo Os efeitos são do Mestre Carlo Rambaldi, que viria a trabalhar em filmes de Dario Argento, trabalhou em 'Alien, o 8o passageiro"e criou "Et".
Um filme genial, com roteiro escrito à seis mãos por Mario Bava, Giuseppe Zaccariello e Filippo Ottoni. O filme foi considerado pela Revista Total, um dos 50 melhores filmes de terror de todos os tempos. O desfecho é tão surreal, que merece aplausos.

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