sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Cidade de Deus

"Cidade de Deus", de Fernando Meirelles e Kathia Lund (2002)
Revendo o filme pela primeira vez, após o sue lançamento em 2002. Dezoito anos depois, é impressionante confirmar a vitalidade, vanguarda e primor da realização desse filme, em todos os níveis: Direção, roteiro, fotografia, atuações, trilha sonora, edição, direção de arte, figurino, maquiagem, som. Não tem um único elemento no filme que destôe. Um verdadeiro pólo de lançamento de talentos, responsável pela explosão em carreira internacional de Seu jorge e Alice Braga. Muita gente boa continua atuando, como Roberta Rodrigues, Dani Ornellas, os irmãos Haagensen, Thiago Martins, Mikael Borges, Darlan Cunha, Douglas Silva, Sabrina Rosa, entre outros. Boa parte, no entanto, infelizmente não conseguiu um espaço na vida artística, conforme o documentário "Cidade de Deus, 10 anos depois", de Cavi Borges e Luciano Vidigal. Atores mais conhecidos como Matheus Nachtergaele, Charles Paraventi, Graziela Moreto se misturam a não atores de forma bastante orgânica. A maior curiosidade para mim, fica na história dos protagonistas, Alexandre Rodrigues, o Buscapé, e Leandro Firmino. o Zé Pequeno. Não sei se foi a falta de oportunidade ou se ficaram muito marcados pelos personagens, mas tentarei encontrar mais informações recentes de seus trabalhos atuais.
"Cidade de Deus" é o filme brasileiro mais conhecido no exterior: estive em um evento em PAris onde 40 cineastas do mundo inteiro estavam presentes, e todos foram categóricos em dizer que de filme brasileiro, só conheciam "Cidade de Deus". Um ou outro citou "Central do Brasil", e um , "Pixote". Não há dúvidas de que o retrato da violência e falta de assistência social, educacional e médica viraram o retrato do Brasil no escopo internacional.

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