sábado, 11 de abril de 2020

I'm a Pornstar

"I'm a Pornstar", de Charlie David (2013) Documentário que explora a pornografia gay, desde os primórdios do advento do cinema, ainda no cinema mudo e em fotografias stills que eram vendidas para colecionadores até a era da internet e as celebridades pornôs. O filme é divido em 2 partes: a primeira mostra cenas e fotos da pornografia gay no início do século XX, passando pelos anos 20, 30 e já nos anos 40, mostra o surgimento de revistas com modelos esportistas, posando de sunga, mas que na verdade eram uma fachada de revistas para um público gay. Nos anos 50 surgiram as Beef cakes magazines, e a mais famosa foi a Physique Pictorial , que apresentava nús frontais masculinos. No final dos anos 60, com a aparição das câmeras 16mm, começaram a ser filmados os primeiros filmes pornográficos. "Boys in the sand" foi um grande sucesso de bilheteria, seguido por outros filmes que ao longo dos anos 70, eram exibidos em salas especiais para veiculação de conteúdo pornô. Com as filmadoras VHS, popularizou-se a produção de filmes, que explodiram com os video cassetes domésticos. Com o advento da AIDS, muitos gays ficaram com medo e evitaram fazer sexo, e a partir daí, a produção de filmes VHS teve o seu ápice. Com a internet que começou a surgir nos anos 90, houve uma produção maciça para esse conteúdo. Hoje, o mercado pornô movimenta bilhões de dólares, e o filme estima que existam no mundo, 370 milhões de websites pornôs. A 2a parte do filme expõe a vida e vida pessoal de 4 celebridades pornôs gays da internet: Colby Jansen, Johnny Rappid, Rocco Reed e Breet Everett. Colby casou-se com uma atriz trans, Brett se casou com seu agente, Rocco era um ex-ator pornô hetero que descobriu que no pornô gay ele ganharia 3 vezes mais e Johnny Rapid narra o depoimento mais divertido e bizarro do filme: que ele tem facilidade de ficar ereto, até mesmo se mostrarem fotos de carros importados. E isso acontece!. Fama, vaidade, fortuna, prêmios, assédio: esses são os argumentos dos astros pornôs estarem na indústria. Tem o depoimento de uma advogada dublê de Dj que diz que se ela tivesse filhos, diria para eles não entrarem nessa indústria porquê o preço a ser pago mais tarde é muito alto. Tem entrevista com um diretor de filmes gays, que é hetero, narrando fatos curiosos sobre as filmagens. A parte mais triste é quando citam os astros pornôs dos anos 80 e 90, que não souberam guiar suas carreiras, muitos ficaram pobres e outros morreram de HIV.

Um comentário:

  1. querido, seria ótimo se você dissesse onde conseguiu assistir a esses documentários. não consigo acha-los.

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