domingo, 26 de abril de 2020

Rumo às estrelas

"To the stars", de Martha Stephens (2019) Drama LGBTQI+ em competição no Festival de Sundance 2019, além de premiado em diversos outros Festivais, é escrito, dirigido e protagonizado por mulheres. O filme tem uma mistura de "As horas", "O segredo de Brokeback monntain" e "Almas gêmeas", todos filmes com homossexualismo como pano de fundo e vivenciados em uma época onde o mesmo era visto como uma doença. "Rumo às estrelas" se passa nos anos 60 no interior de Oklahoma, berço do conservadorismo americano. Íris é uma adolescente tímida que mora com a sua mãe alcóolatra e ninfomaníaca e com o seu pai passivo. Todo dia, à cminho da escola, Íris sofre bullying por parte de um grupo de rapazes. Um dia, ela é salva de ser estuprada por uma adolescente, Maggie, recém-chegada na nascida com sua família. Maggie veio da cidade grande e mora com a sua família cristã. Maggie e Íris estudam na mesma sala, e aos poucos, Maggie vai fazendo Maggie se tornar uma jovem cada vez mais com auto-estima. Maggie no entanto tem um passado que ela procura esconder, mas os desejos se tornam cada vez mais fortes: Maggie é lésbica, e por isso seus pais se mudaram. Maggie se rebela contra quem ela é e Íris faz de tudo para ajudar a a miga. A roteirista Shannon Bradley-Colleary e a diretora Martha Stephens exageraram na dose: absolutamente todas as personagens femininas do filme têm alguma questão interna que as faz sofrer muito. Ambas resolveram fazer do filme um estudo sobre sociedade patriarcal e machismo no interior dos Estados Unidos dos anos 60, uma América branca, loira e cristã, que não consegue pensar fora da caixa. Os homens em sua maioria são todos uns idiotas, machistas, grosseiros e broncos. O único personagem masculino digno de respeito é o jovem Jeff, mesmo assim ele é representado como um nerd. No meio de tantos personagens estereotipados, e tramas óbvias, vale ressaltar a qualidade da performance das duas jovens protagonistas.

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