quinta-feira, 9 de abril de 2020

A verdade

"LA verité, de Hirokazu Koreeda (2019) Primeiro filme dirigido pelo Cineasta japonês Hirokazu Koreeda fora de seu País, “A verdade” concorreu no Festival de Veneza 2019. Assim como boa parte dos dramas de Korreeda, o filme explora as relações familiares e seus segredos mais íntimos. Hirokazu Koreeda não brincou em serviço: em seu filme francês, convidou duas grandes estrelas; Catherine Deneuve e Juliette Binoche. Assim como em ‘Sonata de Outuno”, de Ingmar Bergman, com Ingrid Bergman interpretando uma pianista famosa e a filha interpretada por Liv Ulmann ficando na sua sombra, o filme apresenta uma relação tempestuosa entre mãe e filha. Deneuve é Fabianne, uma atriz veterana que está lançando sua biografia. Lumir (Binoche) vem de Nova York com seu marido, o ator Hank (Ethan Hawke) e a filha pequena, Charlotte. Lumir, ex-atriz, ganha a vida escrevendo roteiros. Ela veio para o lançamento do livro. Fabianne está em um papel secundário em um filme de ficção científica, interpretando a filha de uma mulher que não envelhece. Nesse filme sobre o filme, a personagem de Deneuve revê o seu relacionamento com Lumir, e entram em crise. O roteiro, baseado em um curta metragem, foi adaptado pelo próprio Hirokazu Koreeda , que discute , além da relação familiar, as relações entre os técnicos e atores de cinema durante uma filmagem e o papel do ator dentro da sociedade. Tem um afala de Fabienne que é bastante cruel: ’Entre ser uma boa atriz e uma mãe ruim, prefiro ser a boa atriz.” Koreeda traz um sabor oriental para o filme, com planos mais longos, trilha sonora onipresente, encantamento. Mas mesmo com o talento do elenco e a direção delicada, o filme não parece um filme de Koreeda. A performance e os hábitos orientais são tão distintos, que parecia que eu estava vendo um filme francês dirigido por outra pessoa. Isso não é ruim, só uma visão de distanciamento.

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